Há milhões de anos atrás, antes que tudo fosse descoberto, tudo se explicava por meio de deuses. Havia deuses para tudo, deuses do vento, da água e até das plantas. Tudo tinha uma explicação. O homem foi vivendo a sua vida, nómada, comendo tudo que a natureza lhe oferecia.
Na vastidão do verde que o rodeava, o homem se apercebeu que nem tudo o acontecia se explicava por meio dos deuses. Houve pestes, secas e doenças, o homem desesperado sem saber o que fazer, foi experimentado folhas, cascas, tudo isto instintivamente, sem dar conta e apercebeu-se que tudo que tinha ingerido tinha provocado efeitos benéficos, uma vez que os sintomas amenizaram e a febre desaparecia, enfim. Assim sendo, esta prática tornou-se constante à medida da evolução dos tempos e das necessidades do homem. E assim esta prática foi transmitida de geração em geração dos mais velhos a mais novos.
É desta prática imprescindível de lidar com as doenças que vamos desenvolver neste trabalho. Relacionaremos a Medicina Tradicional com o turismo, o papel dos curandeiros e os anciãos na medicina tradicional, bem como outros aspectos intrínsecos ao tema. Sendo assim convidamos os (as) leitores (as) para uma viagens com as plantas até o reino botânico e etanofarmacologico.
Quando se fala da medicina pode dizer-se que a mesma é vista como ciência ou arte de curar as pessoas. E tradição é tudo aquilo que é transmitido de geração em geração. Portanto a medicina tradicional e encarada como sendo a prática de curar as doenças tendo por base as plantas com efeitos terapêuticos. Está prática foi sendo transmitida até aos nossos dias, tornando-se uma das nossas tradições.
Esta prática tem grande peso na nossa sociedade, pois são muitos os que aderem aos ditos médicos tradicionais, com o objectivo de ver os seus males resolvidos e saradas as suas enfermidades. Para muitos, a medicina tradicional, é encarada como medicina alternativa, isto é, alternativa à medicina farmacológica, isto porque, antes de recorrer ao hospital, algumas providências tradicionais são tomadas, com o objectivo de aliviar o mínimo possível o doente em causa. Só em casos graves recorre-se aos médicos científicos.
Assim surge a necessidade de todos conservarem o que para muitos é o pilar da resolução dos seus problemas de saúde «MEDICINA TRADICIONAL».
Existe em S.Tomé e príncipe uma distinção clara entre os diferentes tipos de terapeutas tradicionais.
Como referimos, anteriormente, há uma designação para cada um, consoante os tipos de práticas que fazem. Assim sendo, temos: tchiladô ventosa (aplicador de ventosas), stlijon mato (cirurgião de mato), patlela (parteira tradicional) massagistas, praticantes da medicina tradicional, e ainda temos fitchicelu (feiticeiros) que utilizam forças sobrenaturais.
No entanto, esses terapeutas desempenham, desde de sempre, um papel importante para a preservação e principalmente para a utilização desta prática. Porém, os seus conhecimentos quanto à medicina tradicional não podem apelidá-los de médicos. Comprovamos isso através da entrevista que realizamos com o médico (Leonel Pontes), que afirma: «para serem chamados de médicos, necessitam de ter os conhecimentos teóricos necessários, instrumentos básicos, cursos, formações, diplomas, que nos dêem mais credibilidade».
Relativamente à ideia que a população faz desse conceito, «médicos ou praticantes», é de salientar que para a população, todo o tratamento que é por estes realizados, ao ter efeitos estes não resultam das plantas que têm substâncias que amenizam as doenças, mas sim, de uma força sobrenatural que por vezes interfere nos tratamentos dando-lhe sucesso.
Deste modo, curandeiro seria o termo certo para chamar todas aquelas pessoas que recorrem às plantas, casca, raízes e ervas, para sarar doenças. Porém, «curandeiro» actualmente assume um carácter pejorativo para quase toda a população são-tomense. Todavia, para alguns, os curandeiros têm um papel interventivo na medicina tradicional, têm feito muito para salvar as suas vidas, bem como os aliviar de dores. Também para que os tratamentos tenham efeito, é necessário que esteja presente o elemento «crença», que é uma das coisas que desinibe as pessoas de qualquer preocupação e de melhorar rapidamente.
Portanto, o que nos interessa agora explicar, é que da mesma forma como funciona um hospital, onde há médicos cirurgiões, parteiras, enfermeiras, médicos de clínica geral…, assim também acontece na medicina tradicional, pois há pessoas que desenvolvem papéis semelhantes. Temos: a patlela, que realiza trabalhos de parto e que por vezes acompanha a grávida, antes e depois do parto, procurando saber como se sente, se o bebé está bem; receitando-lhe algumas plantas para incluir nas refeições diárias, chá de pau sangue e pau nicolau, banhos de folhas, como, pau cabra (planta que facilita as parturientes no parto, tudo isso é feito maioria das vezes antes do parto. Durante o parto, receitam folhas para «cortar bambi», lavar a vagina (queimar água), dá-lhe de beber. É desta forma que esta terapeuta intervém na medicina tradicional.
E quanto ao praticante da medicina tradicional, é a pessoa que usa as folhas, cascas, frutos…para preparar medicamentos, e também faz tratamentos variadíssimos, junto as pessoas para resolução dos seus problemas.
Só para matar a curiosidade, há os chamados «fitchicelu» (feiticeiro), que usam forças sobrenaturais. Hoje em dia, esta prática tem vindo a desaparecer, e passa a ter um carácter muito sigiloso, isto porque, esta prática consiste numa pessoa dotada de «poder», que faz o tratamento com a pessoa presente, ou não, que evoca alguns nomes «estranhos» que ao longo do tempo libertam as pessoas. E não só, recomendam que as pessoas use roupa, ou qualquer coisa vermelha, tomar alguns chás de folhas, cascas de madeiras, «fuma corpo» (utilizando brasas acesas com açúcar e pedaços de vela).
Isto tudo tem vindo a diminuir, devido à difusão da religião, desaparecimento de crenças, o medo de ser possuído, ou de estabelecer pactos com diabo, e diversos pensamentos duvidosos que surgiram.
Concluindo, hoje em dia, a ideia que as pessoas têm desses terapeutas, tem um carácter pejorativo e quanto mais afastados tiverem, melhor será, mas de qualquer forma, torna-se necessário intervir na divulgação, preservação e valorização da medicina tradicional como expressão cultural de um povo.
Sendo assim, deverá ter-se em conta o papel dos anciãos na medicina tradicional.
A prática da medicina tradicional chegou até os nossos dias graças a um método contínuo de transmissão de conhecimentos.
Certamente que o leitor pergunta: Qual foi a maneira de proliferar está pratica?
Esta transmissão de conhecimentos proliferou sob a responsabilidade do(a) ancião (ã) _ o homem ou a mulher mais velha), dotados de conhecimentos e de experiências. Deste modo, o papel desenhado pelos (as) mesmos (as) contribui eficazmente para transmissão e preservação desta prática.
Não obstante, nota-se uma diminuição desta pratica nos últimos tempos na nossa sociedade. A que se deve esta diminuição? Será que é por causa do aparecimento da medicina científica? Desleixos dos (as) anciãos (ãs) ou da própria sociedade santomense?
As supracitadas questões remetem-nos para a ideia de uma reflexão crítica, permitindo-nos, de melhor forma, justificar o desaparecimento, bem como a evolução da prática da medicina tradicional em S.Tomé e Príncipe.
Mediante os resultados obtidos nos inquéritos e nas entrevistas, a conclusão chegada por nós; esta prática tem diminuído gradualmente em S.Tomé e príncipe por razões diversas.
Primeiramente, uma das razões que contribui ao desaparecimento desta prática é desenvolvimento da arrogância por parte dos mais velhos que em determinada altura passaram a recusar em transmite conhecimentos desta prática para os mais novos, devido preconceito de não serem procurados posteriormente, «deixar de ser importante» «ninguém vai depois lembrar de nós», sendo assim, os seus conhecimentos são para enterrar com eles. Entretanto, este pensamento arrogante destruiu consequentemente o interesse dos mais novos em perguntar e aprender esta prática.
Desta forma os anciãos deixaram de dar contributo para valorização e divulgação desta prática.
Paralelamente, o aparecimento da medicina científica fez diminuir a credibilidade da população, face a medicina tradicional.
A medicina cientifica ganhou pontos na medida em que o analfabetismo foi diminuindo e o conhecimento cientifico foi alastrando as pessoas passaram a ter outra visão das coisas.
Tudo na ciência tem provas concretas, tudo passa por uma análise rigorosa e objectiva. A ciência e a sua medicina começaram a ter um carácter mais seguro face à medicina tradicional. Sendo assim o desleixo da sociedade em preservar está prática proliferou, não só por causa da arrogância, aparecimento da medicina científica mas também por aparecer outras coisas que desviou o interesse da nossa sociedade no que diz respeito a medicina tradicional.
Apresentadas estas razões, para nós a intervenção dos anciãos continua a ser relevante para dar continuidade a está prática, bem como para a preservação da nossa cultura.
Relativamente à evolução da medicina tradicional, consideramos que esta prática tem estado a trabalhar em complementaridade com a medicina científica, pois ao longo dos anos têm sido descobertas mais plantas com efeitos terapêuticos para curar muitas doenças, desenvolvendo desta forma novas capacidades dos seus praticantes.
No entanto os anciãos já reclamam, hoje do desinteresse dos jovens relativamente a está prática, já mudaram de mentalidade e já estão dispostos em transmitir esses conhecimentos de forma a serem úteis às gerações vindouras. Os anciãos dotados de conhecimentos e de experiências, é um dos métodos de dar continuidade e de preservar está prática. Ao transmitindo aos mais novos, sucessivamente atingirá as gerações vindouras.
Resumidamente, para nós, é necessário preservar este conhecimento, para que não desapareça.
Neste sentido pedimos a colaboração dos anciãos, e também dos jovens na proliferação desta prática.
Por saúde, entendemos como o bom estado fisiológico e do funcionamento correcto do organismo do ser vivo, e quanto a doença, pode ser entendida como falta de saúde, enfermidade, moléstia, mau funcionamento do organismo. Já a medicina, é explicada como ciência ou arte de curar as pessoas. Por tanto, na ausência da saúde, «para grandes males, grandes remédios», aparece a medicina para «por fim» às doenças.
Assim sendo, a medicina tradicional é vista como a arte que pode interferir na recuperação do estado de saúde das pessoas. É uma prática que permite curar, minimizar as doenças. Ela apresenta as suas qualidades, tanto como a medicina científica: é possível fazer receitas, utilizar variadíssimas formas de tratamento, estabelecer ou recomendar dietas, controlar estado de saúde das pessoas.
A medicina tradicional tem contribuído para a gradual diminuição de doenças e de suas consequências. Neste sentido, assume um papel muito importante para África em geral. Por outro lado, ao recorremos à medicina tradicional ficamos privilegiados de estar saudáveis, uma vez que, as plantas usadas têm uma base natural, que é muito benéfico porque não corremos o risco de ingerir químicos que hão-de prejudicar mais tarde à nossa saúde, desenvolvendo outras doenças. Disse-nos ainda a dona de uma clínica natural «quanto mais tratamento natural fizerem, melhor será a nossa saúde, evitaremos menos doenças que estes produtos, comprimidos e mais químicos da Medina científica. Deveriam todos optar por utilização de plantas e recorrerem à medicina tradicional».
Portanto, a medicina e a saúde são duas coisas inter-dependentes para as pessoas, e a medicina tradicional desempenha um papel muito importante para a sociedade são-tomense.
Mediante os estudos realizados, constatamos que a medicina tradicional não tem nenhuma ligação jurídica com a medicina científica. Mas, por outro lado, podemos dizer que elas se complementam.
A medicina tradicional complementa a medicina científica, na medida em que, as plantas as raízes que são utilizadas para tratamento tradicional, acabam por ser utilizadas para o fabrico de medicamentos. Deste modo, medicina tradicional contribui para o avanço da medicina científica. Consideramos que quando uma determinada planta é utilizada para curar uma doença na prática da medicina tradicional, desperta interesse na medicina científica em fazer estudos para descobrir substância obtidas nas mesmas, e de que maneira pode contribuir na cura dessa ou daquela doença. Foi assim que se desenvolveu recentemente um estudo etnofarmacológico das plantas medicinais em São Tomé, constituído por um grupo de investigadores licenciados em farmacêutica, de forma a fornecer informações detalhadas sobre essas plantas e também para evitar efeitos colaterais quando usadas apenas por conhecimento do senso comum.
Por outro lado, medicina tradicional serve de apoio à medicina científica, isto porque, antes de ir a um hospital, frequentemente dirige-se a um praticante da medicina tradicional para minimizar a dor, a doença, e não só, muitas vezes as pessoas não têm condições financeiras para se deslocarem a um centro de saúde. Porém, esta atitude passa a ter graves consequências para estas pessoas, uma vez que, elas só tomam chás e mais chás, ou fazem tratamentos com base nos sintomas apresentados, que muitas vezes não correspondem às reais doenças. E assim que a medicina tradicional passa a ter um carácter negativo para a saúde das pessoas.
Segundo o dicionário, entende-se por crença «acto de crer; atitude de espírito que admite, em grau variável, (certeza, convicção, opinião), uma coisa como verdadeira; confiança, opinião adoptada com fé e convicção; fé religiosa».
Ao nosso ver a crença é entendida como tudo em que um povo acredita. Neste caso a medicina tradicional faz parte da crença do povo são-tomense, pois desde à muito tempo que as pessoas acreditam nos tratamentos e nos efeitos da medicina tradicional. Está crença foi-nos transmitida pelos nossos avós, tornando-se assim, a nossa tradição «quá cú bé mé nu, dona mu cá fé, ele só çá vede, ele só cá buá dá nom» - (o que eu vi minha mãe e minha avó a fazerem, é para mim verdadeiro e melhor para nós), foi assim que a medicina tradicional adquiriu um peso significativo na sociedade são-tomense.
É de salientar, que por vezes, as pessoas quando obtêm cura de uma determinada doença, é porque aí também está presente a crença, no poder de cura desta planta, ou porque «minha avó disse que curou outras pessoas», pois, sabemos que a pessoa ao eliminar a preocupação na sua mente, e ao substitui-la por uma crença de esperança irá melhorar, sendo este já um grande passo para a cura da doença, uma vez que, o factor psicológico, interfere muitas vezes no nosso estada de saúde.
Por muito tempo as pessoas acreditaram nisso e a medicina tradicional teve grande importância e resultados eficazes para as mesmas. Todavia, está crença tem diminuído gradualmente por razões alheias à vontade de cada um, como por exemplo «a medicina cientifica é mais válida», «eu não sou arcaica para crer nisso», «tudo isso não passa de um mito».
Por outro lado, as pessoas também têm as suas crenças face às religiões, como a igreja católica, então, para elas, os ditos «curandeiros» usam também as rezas desta igreja de forma a complementar os seus trabalhos, e em simultâneo, as crenças das pessoas como a nossa Senhora de Saúde e Santa de todos os Remédios. E quando os curandeiros dizem que tem que fazer ofertas aos Santos para ajudar nos tratamentos, as pessoas acreditam que isto poderá influenciar, não hesitam em colocar frutos, comida, roupas para pagamento dos seus pecados, buscando a solução dos seus problemas.
Assim sendo, a medicina tradicional, constitui uma prática significativa para a nossa sociedade, devido ao facto de estar acompanhada de uma crença que vem desde os tempos das nossas avós.
Nada se pode desenvolver independentemente, há necessidade de haver sempre uma relação de interdependência entre as coisas e as pessoas. Deste modo, que relação podemos estabelecer entre a medicina tradicional e o património?
Vejamos, um dicionário definiria a palavra património como «bens que herdam dos pais ou avós, legitima herança paterna, bens de família, dote necessário para ordenação de um eclesiástico, propriedade». Tudo isso, para dizer que a medicina tradicional está inserida no património são-tomense, isto é, é uma tradição em S.T.P. e portanto foi transmitida como herança deste povo e temos necessidade de preserva-la. E quanto ao turismo, podemos perguntar: que relação existe entre os mesmos? De que forma a medicina tradicional impulsiona o desenvolvimento turístico em S.T.P. Segundo o presidente da AMTSTP, a maioria dos seus clientes são estrangeiros, o que torna benéfico, na medida em que S.T.P está a ser conhecido ao nível internacional através desta prática, e por outro lado, irá impulsionar a entrada de mais pessoas a procura do tratamento e não só, realizar estudos sobre as plantas.
Com a proliferação do turismo, é necessário ter em conta o desenvolvimento sustentável desses recursos (as plantas). Portanto há necessidade de pensar que nada é infinito, e muito menos as plantas medicinais, o que se tem hoje, poderá não existir amanhã, embora o nosso clima possa contribuir para recupera-las a curto prazo, por isso não devemos abusar desses recursos, mais sim procurar proteger essas plantas e também utilizar esta prática de forma a ser útil às gerações vindouras!
S.Tomé e Príncipe são duas ilhas privilegiadas. A variadíssima vegetação que os nossos olhos alcançam, faz destas ilhas uma farmácia universal.
Constatamos que a nossa terra está enriquecida de cura para todo o tipo de moléstias e doenças. Desde as mais insignificantes ervas daninhas, até as árvores de grandes portes, constituem uma fonte de remédios para todos os males.
Entretanto, a medicina tradicional é uma medicina «vizinha» dos são-tomenses, é o nosso primeiro posto de socorro. Pois sabemos que 90% da população não tem condições financeiras, nem para ir às emergências, o que os leva consequentemente a recorrer de imediato à medicina tradicional, visto que, não implica gastos, ou caso implique, são reduzidos, isto é, é uma farmácia grátis.
Todavia, é necessário ter os conhecimentos concretos ao recorrermos às plantas e às cascas. Porém, de uma forma geral, as nossas plantas possuem quase tudo, devendo-se estimular o seu estudo.
É perante estes privilégios, que a medicina tradicional assume um papel importantíssimo na nossa sociedade, uma vez que é útil, tem um carácter alternativo e responde a algumas das nossas necessidades.
Se por outro lado avaliarmos o sistema de saúde em S. Tomé e Príncipe, é de salientar que se tem notado uma grande deterioração a cada dia que se passa. As condições no hospital não são as melhores, o atendimento dos funcionários para com os doentes é um «caos», escassez de medicamentos é um factor familiar. É desta forma que a maioria das vezes as pessoas pensam «porquê ir lá, se posso piorar ou nada resolver? O dinheiro que gasto para o transporte e os medicamentos que terei de comprar, servirá para outras coisas. Vou tomar meu chá de folhas, tenho a certeza de que vou melhorar».
Este pensamento remeteu para a ideia que é uma pessoa arcaica e incrédula. Porém, é alguém que já teve experiencias desagradáveis no hospital, e optou por não voltar a passar o mesmo.
É de salientar, que também a medicina científica apresenta efeitos ao longo prazo, como nos disse um médico, enquanto a medicina tradicional, por vezes apresenta resultados imediatos e dão mais esperança para o próprio doente. Não obstante, os médicos procuram eliminar defectivamente a doença do paciente, quando insiste em recomendar receitas e pedir para acompanhar o seu tratamento, o que não acontece com a medicina tradicional, onde cada um tem o seu livre arbítrio em cuidar da sua saúde à sua maneira, tornando desta forma a medicina científica mais credível para os problemas actuais.
Associação da medicina tradicional de S. Tomé e Príncipe (A.M.T.S.T.P.), inaugurada a 2 de Maio de 2005, surgiu com objectivo de reunir todos os praticantes da medicina tradicional, bem como aperfeiçoar os conhecimentos desta prática. Reconhecida pela organização mundial da saúde e pelo Ministério da Saúde de S.T.P.
Todavia, não há um protocolo jurídico que os comprometam a trabalhar em complementaridade, nem dar apoio financeiro a está associação. Sendo assim, esta associação sustenta as suas despesas através dos esforços do presidente da mesma, e com os lucros obtidos nas vendas dos medicamentos que ali são preparados e vendidos.
Sendo uma associação que procura divulgar e preservar esta prática medicinal, será que tem tido apoio do governo? Segundo o presidente da associação o governo interveio no mês de Fevereiro, que consistia em dar 6 bolsas de estudo, a alguns membros para exterior, a fim de se formarem num curso médio da medicina convencional, e também fazer um estudo exaustivo sobre as substâncias contidas nas plantas com efeitos terapêuticos.
No que diz respeito ao papel desta associação para divulgação e preservação desta prática, foi publicado um livro «Mindjan Telá», cujo autor é o Sr. Amâncio Valentim, que é o presidente da referida associação. E para o mesmo, há necessidade de preservar está prática por via de escrita, por causa do desinteresse dos jovens em lidar com está prática.
Diarreia
Folhas novas de goiabeira, bengue, ponto, matruço, pinincano, rosam – milanza: 2º passo – juntam-se as folhas num almofariz, pisa até obter um líquido esverdiado, 3º passo – retira o líquido e coloca-se num frasco, e vai-se bebendo diariamente.
A pessoa é livre de lhe juntar água. Se tiver dores da barriga, fazer um chá de folhas novas de goibeirra, matruço e bengue.
Infecção de rins
Raspar e pisar bem a casca de nespra até que fique em pó. Em seguida ferver um litro de água e colocar num frasco ou jarro, e colocar duas colheres cheias deste pó, agitar bem e vai bebendo. Paralém disso é necessário acompanhar os tratamentos com massagem.
Hemoglobina Baixa
Pegar na folha pau sangue, e fazer chá e beber no pequeno-almoço, ou mesmo como liquido para beber diariamente.
Adilsa, Adjamila, Adriana e Aycila
Espermos vê-la (o) em breve em terras de S. Tomé!